José de Arimatéa dos Santos |
Vivemos tempos complicados. E não
só no Brasil. O mundo se encontra desnorteado e de uma forma que o preconceito
e o racismo, além do discurso de ódio estão presentes nas relações humanas. As
religiões procuram respostas através de Deus, contudo, acredito, que
primeiramente o problema está em cada ser humano que deve rever muitos de seus
conceitos. Perdidos estamos nós em um mundo altamente tecnológico onde as
máquinas comandam nossas relações. Está aí o celular que praticamente faz tudo
em nossas vidas. Longe de mim ser contra a tecnologia. Os meios tecnológicos
que dispomos devem nos auxiliar nos problemas que demoravam muito tempo para
serem resolvidos.
Há uma crise de autoridade e em
todos sentidos. Muitos não aceitam as regras, a disciplina e questionam a
hierarquia. Nisso, a bagunça se instala e dessa forma não há a organização
necessária. A concentração se esvai e o que se deve decidir fica meio capenga.
As etapas seguintes ficam comprometidas. O respeito a liderança, ao chefe se
faz necessário para haver a organização e as tarefas feitas de forma natural.
Não o autoritarismo e a violência como formas de rever e organizar todas essas
situações que vivenciamos no dia a dia! O diálogo, o consenso e o cumprimento
do que foi decidido pelo coletivo é que devem prevalecer.
O aprendizado e o reforço num
mundo mais democrático passam pela valorização da educação. Um povo altamente educado
sabe resolver os impasses de uma maneira com menos traumas e assim os problemas
são resolvidos de forma que todos saiam ganhando. Valorizar os trabalhadores
das escolas e que vai do professor, passando pelo vigia, merendeiras, técnicos
administrativos e a conscientização dos pais e alunos em participar da vida da
escola. Numa realidade que os profissionais das escolas são ameaçados
diariamente pela indisciplina e a violência que rondam os educandários, fica
cada dia mais difícil. A autoridade do professor cada vez mais diminuída e
fruto de vários fatores que vão do desinteresse do governo em investir
realmente em educação e a falta da educação familiar de muitos alunos.
Por fim, se faz necessário ter
esperança que essa fase passe o mais rapidamente possível. São ciclos que a
humanidade vive. São nas crises que encontramos as saídas para resolver os
impasses. Espero que a resolução venha por meios democráticos. Nunca pelo
caminho mais fácil da violência, preconceito e do autoritarismo, pois os
conflitos continuarão e as desigualdades sociais aumentadas. Só haverá uma
sociedade equilibrada quando todos tiverem as oportunidades num mesmo patamar de
forma equânime. Daí é possível viver num mundo solidário, justo e fraterno.
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