domingo, 27 de agosto de 2017

NESSES TEMPOS ATUAIS

José de Arimatéa dos Santos
Vivemos tempos complicados. E não só no Brasil. O mundo se encontra desnorteado e de uma forma que o preconceito e o racismo, além do discurso de ódio estão presentes nas relações humanas. As religiões procuram respostas através de Deus, contudo, acredito, que primeiramente o problema está em cada ser humano que deve rever muitos de seus conceitos. Perdidos estamos nós em um mundo altamente tecnológico onde as máquinas comandam nossas relações. Está aí o celular que praticamente faz tudo em nossas vidas. Longe de mim ser contra a tecnologia. Os meios tecnológicos que dispomos devem nos auxiliar nos problemas que demoravam muito tempo para serem resolvidos.
Há uma crise de autoridade e em todos sentidos. Muitos não aceitam as regras, a disciplina e questionam a hierarquia. Nisso, a bagunça se instala e dessa forma não há a organização necessária. A concentração se esvai e o que se deve decidir fica meio capenga. As etapas seguintes ficam comprometidas. O respeito a liderança, ao chefe se faz necessário para haver a organização e as tarefas feitas de forma natural. Não o autoritarismo e a violência como formas de rever e organizar todas essas situações que vivenciamos no dia a dia! O diálogo, o consenso e o cumprimento do que foi decidido pelo coletivo é que devem prevalecer.
O aprendizado e o reforço num mundo mais democrático passam pela valorização da educação. Um povo altamente educado sabe resolver os impasses de uma maneira com menos traumas e assim os problemas são resolvidos de forma que todos saiam ganhando. Valorizar os trabalhadores das escolas e que vai do professor, passando pelo vigia, merendeiras, técnicos administrativos e a conscientização dos pais e alunos em participar da vida da escola. Numa realidade que os profissionais das escolas são ameaçados diariamente pela indisciplina e a violência que rondam os educandários, fica cada dia mais difícil. A autoridade do professor cada vez mais diminuída e fruto de vários fatores que vão do desinteresse do governo em investir realmente em educação e a falta da educação familiar de muitos alunos.

Por fim, se faz necessário ter esperança que essa fase passe o mais rapidamente possível. São ciclos que a humanidade vive. São nas crises que encontramos as saídas para resolver os impasses. Espero que a resolução venha por meios democráticos. Nunca pelo caminho mais fácil da violência, preconceito e do autoritarismo, pois os conflitos continuarão e as desigualdades sociais aumentadas. Só haverá uma sociedade equilibrada quando todos tiverem as oportunidades num mesmo patamar de forma equânime. Daí é possível viver num mundo solidário, justo e fraterno.