Começo a entregar as provas e um
aluno faz uma pergunta:
- Professor, o senhor não vai
entregar também as respostas?
Eu respondo:
- A corrupção não é praticada tão
somente por alguns políticos. Devemos combater a corrupção e o que você propõe
é corrupção.
É notória a presença do famoso “jeitinho
brasileiro” na vida nacional. Vem de longe a “lei do Gerson” que preconiza
levar vantagem em tudo. Esse conceito significa o individualismo. Infelizmente
não temos o senso de coletividade. Aquela noção do que existe ao nosso redor é
de todos nós e devemos cuidar para favorecer a todos.
E a corrupção está presente nas
pequenas coisas. Furar fila é o modelo mais conhecido, além da cola em uma
prova ou o colocar o nome num trabalho escolar do colega. Acredito que a corrupção
nos bancos escolares pode ser o pressuposto para voos mais altos na escala de
corrupção. A escola forma mentes e cidadãos, mesmo com suas deficiências, com o
sentido do justo e na sociedade alguns reproduzem vários tipos de coisa errada.
Vale ressaltar e valorizar a
coisa certa. A honestidade em todos os seus sentidos. Todo dia deitar e
debruçar-se sobre o travesseiro e saber que não prejudicou ninguém e nem deu
golpe algum. Passar para os filhos a honestidade como o bem mais notável que um
ser humano possui. Ah, mas os políticos a toda hora nos bombardeiam nos noticiários
com falcatruas.
Mais do que nunca procurar e
disseminar conceitos de honestidade e que a política deve ser a missão para os
honestos. É a luta de todos nós. Ser político é uma grandeza, pois vai servir
para o bem comum. Todos nós e a todo instante fazemos política. A conversa, o
diálogo com nosso semelhante revela bem a política nossa de todos os momentos.
Falta o despertar de uma grande maioria e eleger institucionalmente homens e
mulheres que tenham a ética e o trabalho honesto voltados para o coletivo, para
todos.