terça-feira, 4 de março de 2014

RONDÔNIA NO FUTURO

José de Arimatéa dos Santos
O lema do governo federal para a região amazônica nos anos setenta era “Integrar para não entregar” e assim a política de ocupação das terras da amazônia começava a ser implantada. Rondônia começava a ser povoada por pequenos agricultores vindos principalmente do sul do Brasil. Verdadeira aventura de milhares de brasileiros ávidos por um pedaço de terra para produzir.
Quando analisamos essa ocupação hoje se vê o quanto foram heróis esses brasileiros que chegaram aqui e praticamente sem conhecer nada tinham a missão de desmatar e começar a produzir. Quem derrubasse mais árvores tinha logo sua terrinha para sustentar sua família. Incrível o que esses brasileiros sofreram e principalmente com as intempéries de uma região totalmente desconhecida para todos.
Primeiramente o clima quente e úmido, além das doenças tropicais e em muitas regiões de Rondônia a conviver com os índios. Tudo novo e ao mesmo tempo com a força de vontade erguer uma região através do trabalho e da inteligência para fazer desse estado rico e próspero.
Ainda hoje o país desconhece toda essa saga de milhares de trabalhadores rurais que decidiram vir para Rondônia. E o que se lamenta é que ainda o Brasil vira as costas para essa região que exporta eletricidade e muitos produtos agrícolas para os brasileiros que moram nesse país grandioso.
Hoje Rondônia se destaca mais ainda por sua grande produção agrícola e pelo crescimento universitário em que qualifica muitos jovens com o conhecimento científico e as oportunidades para melhorar a produção. O que falta ainda é a implantação de mais indústrias, com o mínimo de impacto ambiental, para colocar o nosso estado nos trilhos de um desenvolvimento mais duradouro.
Inexiste a exploração econômica do turismo, principalmente o ecológico pela obviedade de nossa região. A História dos primeiros habitantes de Rondônia e dos atuais que diuturnamente lutam por uma terra de mais oportunidades e desenvolvimento pode e deve ter um capítulo especial.
O futuro nos manda trilhar pelo caminho do desenvolvimento sustentável e preservar os dois terços do território que é de floresta. Ah, alguns contestam a preservação ambiental, entretanto sempre digo que a natureza é implacável. A natureza só responde as agressões sofridas e como tal o bom senso nos diz a produzir e fazer crescer Rondônia de forma bem responsável. Acredito ser este o caminho.

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