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Imagem: Google Images |
Está muito viva em nossas retinas
a acachapante derrota para a Alemanha nas semifinais da copa do mundo de
futebol no Brasil em 2014. Um insucesso que diz muita coisa a respeito de nosso
futebol que hoje vive mais do passado. E olha que não é um passado de
organização. A bagunça no futebol do Brasil reflete de certa forma essa
desorganização na sociedade brasileira em um todo. Claro que melhoramos um
pouco em alguns aspectos, contudo o futebol em sua organização está parado no tempo
e no espaço. Basta observar seus dirigentes que ano após ano continuam no poder
das federações, clubes e na entidade maior que é a CBF. O amadorismo e as
decisões tomadas pelo emocional fazem do futebol brasileiro jogado ás traças
desde a um bom tempo. Não há um trabalho de continuidade e é uma caixa preta
que precisa ser aberta pelas autoridades para desnudar de vez toda essa
desorganização.
Nas cinco copas vencidas pela
seleção brasileira o talento prevaleceu sobre toda essa falta de estrutura no
futebol do Brasil. Claro que era fácil, pelo grande número de grandes
jogadores, formar mais de um time para representar o Brasil em qualquer
competição e hoje o grande jogador só é Neymar. Muito pouco. Alguns dizem que
não temos mais os campinhos de rua que sempre revelaram muitos jogadores de
alto nível e nas escolinhas de futebol os técnicos sofrem a pressão pela
vitória quando o certo é dar tempo e vislumbrar o futuro na revelação de ótimos
atletas.
A organização e a mudança nas
cúpulas que comandam esse futebol é o caminho para a retomada das grandes
vitórias, pois o jogo jogado em campo não tem mais segredos. Praticamente todos
os campeonatos estão aí para serem vistos facilmente e mundo a fora. Fortalecer
todos os clubes, principalmente os considerados pequenos e que também revelam
jogadores para os “grandes”. As temporadas devem coincidir com o futebol
europeu e assim facilitar as negociações dos jogadores. Outro fato importante é
valorizar os clubes que investem nas categorias de base e rever as leis que
beneficiam os “empresários” de jogadores que praticamente são “donos” dos
passes dos jogadores.
Não sou saudosista, entretanto o
que quero como simples torcedor do futebol é o jogo bem jogado e aquele futebol
que é nosso. O futebol brasileiro. Toque de bola. Dribles desconcertantes. A
improvisação nas jogadas. O futebol solidário. Talentos incríveis. E muitos
gols. Futebol para frente e vitórias. Simples. Futebol bonito e vistoso. O Futebol
brasileiro...!