domingo, 21 de fevereiro de 2016

NÃO É SAUDOSISMO

Copa do mudo de futebol de 1982, Espanha, e o futebol brasileiro chega ao fim. Seleção brasileira igual só a tricampeã no México e até hoje considerado o melhor time de todos os tempos no futebol. Some-se a esse fato ter simplesmente Pelé. Mas voltemos a 1982. O país governado por um general e a ditadura em processo de decomposição. Novos ares democráticos e a começar pelo futebol através da “Democracia corintiana” liderada pelo médico e grande jogador de futebol chamado de Sócrates Brasileiro. Nas relações de clube foi uma revolução e dentro de campo o futebol era espetáculo com times extraordinários num tempo que era possível formar três seleções brasileiras de primeiríssima qualidade.
A seleção brasileira era treinada por Telê Santana e jogava o futebol brasileiro, bem diferente dos tempos atuais, e em cada jogo na copa da Espanha era bonito de ser ver. Claro que havia deficiências, principalmente no gol e no ataque, contudo o conjunto da obra era acima da média. Depois de 1982 prevaleceu o conceito que o Brasil deveria jogar como o europeu. Jogo pragmático e sem brilho e é o que se ver hoje em dia. Ah, Você me dirá que esse time foi derrotado. Foi. Em um dia que a Itália aproveitou todas as oportunidades e venceu com todos os méritos.
Hoje temos tão somente um jogador de talento. E só. Futebol sofrível e com perspectivas de uma classificação suada para a copa da Rússia em 2018. Para comprovar o que digo, basta acompanhar os campeonatos que temos por aqui. Destaca-se um ou dois times e os demais formados por jogadores comuns. Jogadores que fazem o óbvio. Não se ver a improvisação. O drible. O cruzamento perfeito pra área. E pra piorar falta o brilho de outrora.

O bom do brasileiro é que se tem a esperança como farol. E são nesses momentos de dificuldades que podemos ter a volta do verdadeiro futebol brasileiro. Esperamos. Não é por menos que o Brasil venceu cinco copas do mundo. É latente que as últimas duas copas foram ganhas de uma forma mais pragmática, aliadas a genialidade de foras de série. Espero que aquele futebol bonito em campo volte e fora dele muito bem organizado. Em vez de copiar o futebol de campo europeu, deveriam ter copiado a organização fora de campo. Eis a realidade do futebol brasileiro.

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