domingo, 15 de maio de 2022

TRINTA ANOS EM RONDÔNIA


Na última quarta feira (11/05/2022) completou-se trinta anos que cheguei aqui em Rondônia. Lembro-me bastante da chegada e dessa primeira vez que saí de casa lá no Ceará, mais precisamente da cidade de Barbalha. Tinha pensamentos vagos de viajar, mudar de ares. Fato que acabou acontecendo em 1992.

A lembrança é muito forte, pois saí de Juazeiro do Norte numa tarde de uma quinta feira e quando me dei conta estava em pleno dia das Mães no estado do Mato Grosso. Fazia um calor intenso e muita poeira. Naquela época os ônibus não tinham ar condicionado e viajava com as janelas abertas. Por ser dia das mães a saudade apertou de vez de casa, de tudo.

Chego em Rondônia logo cedo de uma segunda feira e desembarco na cidade de Cacoal. Não era o fim da minha viagem. Tinha que chegar na cidade de Santa Luzia do Oeste. Penso na época: É logo ali. Ledo engano. Enfrentei mais 90 Km em estradas que se alternavam entre asfalto e terra. Haja calor e poeira.

No fim cheguei por volta de onze hora da manhã. Uma mala na mão e estranhei a calmaria da cidade. Quase ninguém nas ruas e meio desorientado quanto ao endereço que encerraria a viagem. Era feriado municipal (dia do município). Andei por algumas ruas. E no fim perguntei sobre a rua que procurava e um cidadão me indicou o endereço.

Chego ao destino final depois de sair do Ceará ir até Governador Valadares (MG). Dormir dentro de um ônibus e depois embarcar noutro ônibus que vinha de Mantena (ES) para Porto Velho (RO). Uma aventura como a  de muitos brasileiros que chegaram e chegam aqui no estado de Rondônia. 

Hoje me considero, além de cearense, um rondoniense. Terra que diuturnamente muitos brasileiros lutam para que seja uma terra onde a justiça e a fraternidade sejam pressupostos para um desenvolvimento sustentável e com igual oportunidade para todos!

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