CAMINHOS

José de Arimatéa dos Santos

A estrada, o asfalto, a placa e as árvores. Descrição de um caminho que leva a todos os destinos. Sei que essa demonstração diz tudo e ao mesmo tempo não diz nada. Entendeu? Nada né. É assim que é a vida, pois sempre estamos num caminho que não sabemos para onde se vai. Ninguém sabe o futuro. O que vai acontecer a poucos segundos.

Então, que se viva e intensamente. Temos que fazer o que tem que ser feito. Viver honestamente. Ontem estava divagando se eu era uma pessoa rancorosa e procurei no Google o significado de uma pessoa rancorosa. Cheguei a conclusão que sou. Só que de uma forma que procuro nem ver quem eu evito para não aflorar esse sentimento de rancor.

Lá na minha pesquisa destaca-se até os males advindos do rancor para o ser humano. Tudo bem. Eu convivo muito bem comigo e esses sentimentos como rancor procuro administrá-los de uma forma que não prejudique minha saúde. É tanto que para algumas pessoas acho bom até nem saber de notícia nenhuma. Assim vou no meu caminho.

Estou às portas de completar sessenta anos de idade que é um número cheio e nessa altura do campeonato dessa vida procuro preocupar comigo primeiramente mais do que tudo. Cativo os verdadeiros seres humanos que são meus conhecidos, colegas de trabalho e amigos. Fora disso total desprezo pra quem não gosto.

E é assim que caminho nessa vida. Deixei algumas coisas para trás, até alguns momentos desses mereciam e merecem uma melhor avaliação de minha parte, no entanto se ficaram para trás em minha ótica de vida que fique pra lá mesmo. Eu sou assim mesmo e procuro ser sempre autêntico e sem falsidade. E é assim que faço meu caminho!

DEMOCRACIA

Ultimamente se observa que ideias retrógradas, atrasadas e que trouxeram tanta morte e desalento estão por aí mais do que nunca. A história do mundo vive de ciclos e quando se parece que as coisa começam a se encaixar numa sociedade menos desigual, aparece de volta quem defende situações esdrúxulas de preconceito e ódio.

Não faz muito tempo que o mundo passou por duas grandes guerras e se comprovou a vitória do bom senso que a paz é só possível com democracia e justiça social. Que os políticos respeitem as liberdades e as regras democráticas como a do contraditório.

O que se ver por aí é cada vez mais políticos com ações autoritárias e usando, pasmem, o jogo da democracia. Elegem-se via voto e procuram durante o mandato minar essa democracia que o fez chegar ao poder. Ao menos no Brasil a justiça se fez presente e barrou golpistas do oito de janeiro de 2023.

Nisso, vale reforçar o valor da democracia e da alternância de poder, todos os cidadãos poderem ter opinião e que sejam respeitados em suas manifestações que visem o bem estar e liberdade e tudo dentro do jogo democrático.

Assim é importante a vigilância para que se permaneçam os ideais democráticos e um Brasil e o mundo muito mais livres e pelo fim das desigualdades sociais com investimentos maciços na educação em todos os níveis e políticas de desenvolvimento para todos e indistintamente.

TEMPOS DE CHUVAS

José de Arimatéa dos Santos
Foto do rio Madeira, outubro/2024

 Até bem pouco tempo atrás o maior símbolo do estado de Rondônia, o rio Madeira, estava com pouca quantidade de água em seu leito. Fruto da seca histórica que se abateu sobre a região amazônica. O noticiário falava quase diariamente das dificuldades dos ribeirinhos para se locomover no rio para suas atividades econômicas e sociais.

Ainda bem que os tempos hoje são outros. Chove bastante e com pluviosidade bem acima de anos anteriores. Fala-se até em cheia nos rios dessa região do Brasil. Bastou começar o ano e as chuvas intensas que até esse mês de março continuam.

Os migrantes da década dos anos 1980 dizem sempre que quando chegaram por essas paragens do Brasil as chuvas duravam dias, quase não se via o sol quando da época das águas, inverno amazônico. Chovia muito por que o desmatamento era bem pouco e a cobertura vegetal na Amazônia era bem maior.

Hoje com uma cobertura vegetal bem menor e os desmatamentos que continuam e nesse batidão de destruição da natureza dias de pouca chuva é possível. Esperar que políticas de desmatamento zero prevaleçam, pois assim é possível deslumbrar um futuro de chuvas e proteção a vida.

Falo que a chuva é a festa da natureza, pois limpa o ar e se renovam os recursos naturais. Chuva é tempo bom sempre e principalmente quando passamos por um tempo de muita seca, quentura e fumaça. Que tempos melhores e com chuva venham, sempre!

E CHOVE

 

José de Arimatéa dos Santos

Depois que passamos por um período difícil aqui na Amazônia, digo até inédito de seca, as chuvas voltaram e da forma Amazônica, muito grandiosas. Muita água. É uma notícia ótima, pois muitos rios aqui dessa região do Brasil estavam quase minguando, quase nada de água em seus leitos.

Sabemos que as condições como o ser humano explora os recursos naturais é de uma forma muito predatória. E até preocupante quanto ao futuro da vida na terra. É urgente mudar esse processo, explorar a natureza só que de forma sustentável.

Hoje é um dia de sol. Horizonte ensolarado. Quando acontece esse processo de chuva e sol a natureza agradece, pois tudo fica verde. É o verdadeiro renascimento das plantas e alegria pros animais, além do clima bem ameno. Brilha os olhos dos agricultores com suas lavouras que se desenvolvem celeremente.

O que se espera dos governos é planejamento e tenham os cuidados necessários com as cidades para que minorem e até resolvam os problemas de alagamentos. Assim evitam catástrofes que são noticiadas nesse período pela mídia. 

Assim podemos comemorar as chuvas em casa ou no trabalho por que daí tudo melhora. Acaba a seca, os rios ficam caudalosos, o clima fica ameno, alegra-se a vida e uma esperança de melhores dias se manifesta. Que continue esse período de chuva!

É CARNAVAL!

Imagem: Google Images

Esses dias vi um ex aluna na escola que trabalho e de uma forma natural perguntei se estava com saudades dos tempos escolares. Como sempre fico estupefato com a resposta:

- Claro que não! 

Sinais desses tempos que vivemos atualmente onde uma corrente reacionária propaga ideias contra o ensino, as artes e reforça o fundamentalismo religioso muito impregnado de preconceitos e "verdades absolutas".

E nisso tudo entra o Carnaval demonizado por alguns e por não gostar, não participar dos festejos mominos, destilam o ódio. São situações desse mundo atual e que refletem o pensamento de uma turma que não gosta da liberdade. E pra piorar querem impor o modo de vida deles pra todo mundo.

Mesmo assim estamos no Carnaval. Uma festa popular que celebra a liberdade e o riso tão combatidos pelo conservadorismo. O riso, a liberdade e alegria são atos revolucionários e que representam a essência da vida.

E voltando ao assunto da aluna do início da conversa, essa situação só reforça, infelizmente, o quanto o sistema adora quem não gosta de estudar e apreciar a arte, pois assim fica mais fácil a manipulação e alienação da juventude. Agora, a formação de imbecis defendendo figuras retrógradas é incentivada através da religião e da mídia.

Que vivamos a folia de qualquer maneira. Seja nas ruas, no campo ou em casa. Tudo é Carnaval. O que vale é a alegria, a beleza e as artes. O Brasil e o mundo precisam de pessoas felizes e vivendo dignamente. Um mundo de liberdade e de muito festejo é possível. Viva o Carnaval!