domingo, 15 de dezembro de 2013

FUTEBOL: ALEGRIA DO POVO

José de Arimatéa dos Santos
Neste ano provou-se que o futebol não aliena e nem muito menos deixa a população inerte aos fatos políticos de todo dia. Digo isto baseado nas grandes manifestações populares do meio do ano. O brasileiro foi às ruas devido a tantos casos de corrupção que grassa a todo momento na vida nacional e principalmente por causa do futebol. Futebol e os milhões gastos com a reforma e/ou construção de arenas esportivas. Venderam que os gastos públicos com a Copa do Mundo seriam bem menos do que vemos até agora.
Futebol é o esporte que os ingleses fizeram as regras e tão bem combinou com a alma brasileira. De início era um esporte aristocrático em que tão somente os ricos tinham a possibilidade de jogar. E logo depois se disseminou em todas as classes sociais Brasil a fora. Logo quando o brasileiro nasce e instintivamente já chuta uma bola que é invariavelmente o primeiro presente do pai. E a criatividade brasileira faz com que pedaços de papel se transformem em uma bola ou então as famosas bolas de meia. Daí surgem os grandes talentos do futebol mundial por essas terras tupiniquins.
E o torcedor vibra com as jogadas em um campinho de terra e até no outrora "maior do mundo", Maracanã ao vivo ou através da tv. Não se explica e tão somente se vive a magia futebolística do torcedor do Flamengo que se sente campeão igual ao jogador milionário que correu os 90 minutos da decisão contra o "Furacão", Atlético Paranaense. Digo flamenguista, contudo vale para os corintianos, santistas, vascaínos e vilhenenses quando seu time é campeão. O grito de campeão vale para todos sejam ricos e pobres.
O futebol é mágico por que tem suas regras já estabelecidas em que praticamente todos os torcedores conhecem um pouco. Inclusive essas regras são motivos de discussões acaloradas se foi pênalti ou não, se foi impedimento ou se ainda merecia cartão vermelho o jogador numa jogada mais violenta. Quando exalto a facilidade de conhecer as regras, os nossos políticos não conseguem, acredito de propósito, fazer uma reforma que dê condições de igualdade nas disputas eleitorais. Fazem remendos aqui e ali para confundir mais ainda o eleitor e continuar tudo como está. E nisso a corrupção nesse Brasil, infelizmente, se institucionaliza. 
E o futebol não aliena. O que aliena é esse jogo político em que sempre os mesmos vencem. Em que o bolo é dividido para poucos. Bem diferente do futebol que as regras todos nós sabemos de cor. Apesar de que alguns tentem burlá-las e usar o "tapetão" ou "virar a mesa". Ah, aí é outra história tão bem conhecida e vivida por um clube aristocrático do futebol carioca. O que vale é que o futebol une as pessoas e tem tudo pra ser o esporte da boa convivência, sem violência e da paz.

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