José de Arimatéa dos Santos |
Início do ano e a “ressaca” das festividades de fim de ano se sobressai e parece que todo o país entrou de férias. Só não dão um tempo os impostos a
pagar que começam a pipocar nas nossas caixas de correspondência.
Impressiona-me a volúpia de todos os governos em arrecadar mais e mais e quem sempre
paga a conta é o simples contribuinte que sente no final do mês seu salário
cada vez mais achatado. Preços majorados de muitos produtos e o fantasma da
inflação que sempre ronda todos nós.
Ah, tem aquela máxima que diz que no Brasil o ano só começa depois do
carnaval. Então vai demorar começar esse novo ano, pois a folia momina só
acontecerá em março. Sabemos que é apenas um mito bem brasileiro essa
afirmativa, pois os brasileiros são trabalhadores. Pena que a valorização para
quem leva nas costas esse país é bem pouca. O ano já começou, contudo em
“marcha lenta” e este promete por que vão acontecer vários eventos
importantíssimos, além do carnaval.
Este ano teremos mais uma Copa do Mundo de Futebol e aqui no nosso país
em que o ufanismo de boa parte da mídia ultrapassa todos os parâmetros e
contagia a grande maioria do povo brasileiro. Quando a seleção brasileira
entrar em campo, a partir de junho, veremos uma verdadeira transformação da
atmosfera e a torcida é por uma grande vitória na final desse torneio. O que
vai certamente destoar um pouco e ao mesmo tempo se inserir na torcida por uma
retumbante conquista serão os protestos, ao menos nas sedes da copa, pelos
astronômicos gastos públicos com o evento, além da corrupção e pouco ou quase
nunca punição aos corruptos e corruptores.
Teremos também as eleições em outubro em que decidiremos os destinos da
nação. E de uma importância crucial e até mais do qualquer coisa, pois os
eleitos terão a responsabilidade de melhorar mais ainda as condições de vida de
todos os brasileiros. E é aí que o “bicho pega”, pois grande parte da população
não lembra mais em quem votou na eleição passada. Acaba elegendo figuras "carimbadas", fichas sujas, obscuras, corruptas e que no parlamento e no governo vão
beneficiar, em vez da maioria do povo, quem os financiou.
Vamos acreditar no Brasil pela sua grandeza em todos os seus aspectos
positivos e principalmente por essa capacidade de todos nós sermos otimistas
por natureza. Por que a alegria e o orgulho das vitórias no dia a dia tem que se
complementar com o cuidado de escolher pessoas sérias e transparentes na
política, cobrar mais trabalho, o fim da corrupção e do famigerado “jeitinho
brasileiro”. E que além do hexacampeonato dentro das quatro linhas possamos
entrar no verdadeiro caminho de outras conquistas e cobrar e comemorar efusivamente um
país com uma educação de qualidade e paralelamente mais saúde, segurança e
oportunidades para todos. O ano já começou.
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