sábado, 15 de agosto de 2009

FUTEBOL


Qualquer brasileiro já nasce com a paixão pelo futebol. Todos nós desde pequeno já estamos com uma bola para brincar. Lembro das bolas chamadas dente de leite. Em cada rua era comum aquele monte de meninos brincando de bola.


O futebol era bastante comum nas ruas, esquinas, praças e incrível já vi colegas meus jogar bola na calçada da Igreja do Rosário na terra onde nasci. A calçada da igreja tem a forma semicircular com duas portas. As portas eram as traves. E o campo de jogo era também semicircular. O esporte de origem bretão corria solto em frente da citada igreja, ao lado e na praça também.


Sei que hoje toda criança quer brincar de futebol ainda. Só que hoje tudo é muito diferente. Muitos se inscrevem em escolinhas de futebol. Praticamente acabou o descobrimento de talentos de forma que eu poderia dizer artesanal, romântica ou natural. Os futuros jogadores de futebol têm que passar por uma escolinha. Muitos criticam a forma como essas escolinhas trabalham com os seus atletas. O interessante é que se trabalha o preparo físico e o sentido de grupo. Mas o gingado, dribles e jogadas individuais são mais difíceis de acontecer. É o modelo do futebol europeu. Muita rigidez, disposição tática, correria e falta de criatividade.


Observando jogos dos campeonatos oficiais no Brasil vemos um futebol burocrático e sem muita criatividade. Os técnicos se preocupam mais hoje em se defender primeiro e depois atacar. Primeiro preservar o cargo pois se perder a partida ou se não tiver uma sequência de bons resultados perde o emprego. É a lei da sobrevivência. No mundo milionário do futebol vitórias significam mais patrocínios, dinheiro em caixa e revelação de jogadores para serem vendidos ao exterior.

O resultado de um futebol sofrível se vê na seleção brasileira de futebol. Para vencer adversários como a inexpressiva seleção da Estônia foi um trabalhão. Não é mais como num passado não tão distante em que só a camisa amarela ganhava jogo. Podia se fazer dez seleções brasileiras e todas de qualidade. Seleções do Paraguai, Colômbia, Bolívia ao enfrentarem o Brasil já sabiam que iam perder. Goleadas e com futebol espetáculo que agradavam os brasileiros e os amantes do esporte no mundo inteiro.

Então é um pouco difícil que surjam craques como Garrincha, Zico, Romário, Falcão e por aí vai. Pelé nem se fala. A criatividade, o drible e a jogada de efeito raramente se vê hoje numa partida de futebol. Espero que haja uma nova revolução no futebol brasileiro e que aliado a disciplina tática(não deixa de ser importante) tenha também o belo do futebol. Jogadas bem trabalhadas, lançamento perfeitos, passes certos e jogadas geniais e gols maravilhosos. Enfim, um futebol bem brasileiro.
Imagem: Estádio Municipal 11 de Maio - Santa Luzia do Oeste, Ro
Foto: Arimatéa

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