José de Arimatéa dos Santos |
Chico é um cara que procura está "antenado" em tudo que acontece no mundo e no Brasil e participa de redes sociais por achar muito importante a interação com esse mundo em que as coisas acontecem numa velocidade estonteante. Uma notícia da manhã já é antiga à noite. Parece até a época que o Brasil vivia o período da hiperinflação que o preço do feijão eram dois trocentos e no final do dia lá na venda de "Seu´" Zé já eram dois trocentos e cinquenta centavos. Quando não dobrava de preço. O sujeito tinha que receber o salário de manhã e torrar tudo. Se não ficava sem o poder de compra.
Mas voltando a Chico, ele não gosta de fofoca, mas mesmo assim fica a saber de muita informação da vida alheia. Ele não procura essas informações. As informações que vão até ele. É sabido que o fofoqueiro tem um prazer incrível em passar as fofocas de um para o outro. Essas fofocas correm o mundo, ops, a cidade igual a velocidade das notícias da internet. É um se "importar" com a vida do vizinho que beira as raias de nem lembrar da própria vida particular. Fofoqueiro é assim, não?
Nisso, Chico tentou entrar no clube dos que falam da vida dos outros. Não deu certo. Ele descobriu que não tem traquejo para a função. Deu um arrependimento voraz e quis por tudo se transformar num sujeito alienado. Fica ele a matutar o quanto o alienado deve ser feliz em nem querer saber da vida dos vizinhos e amigos.
É difícil nesses tempos em que a internet predomina o sujeito não se inteirar dos fatos noticiosos e das fofocas quentinhas que rolam na cidade. Mesmo não querendo e nem dando bola para esse tipo de jornalismo, elas vêm igual uma avalanche. Quer queira ou não todo mundo fica a saber de alguma fofoca do momento que rola na cidade. Falando nisso... Sabe aquela fulana de tal... Aquela nossa colega... Deixa pra lá. Não sei de nada disso. Confesso que sou último a saber desse tipo de reportagem. Não tenho tempo para isso e nem quero saber.
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