Democraticamente a maioria dos trabalhadores em educação do estado de Rondônia decidiu paralisar suas atividades em assembleias realizadas em todas as regionais do sindicato. Seguiu-se todos os trâmites para que a greve não fosse contestada pelo governo de Rondônia e logo estava marcada audiência com o governo. Eis que na surdina e sorrateiramente o governo ganha uma liminar esdrúxula na justiça que determinava o fim do movimento paredista e pasmem, o absurdo de cada servidor pagar uma multa de R$ 200,00 por dia de greve entre outras barbaridades. Questionada pelo SINTERO(Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia) junto ao STF(Supremo Tribunal Federal) a liminar é derrubada e mais uma vez desmoraliza decisões como essas do judiciário rondoniense.
Fico furioso é com colegas que furam a greve e prejudicam o movimento. Em vez de reforçar esse movimento ao participar das concentrações ficam dentro das escolas como se nada acontecesse na rua com a greve. E olha que estou a falar de um movimento grevista de professores e funcionários de escola. Que senso de cidadania e luta por melhores condições essas pessoas têm? Dessa minha crítica só dispenso os funcionários emergenciais e os de estágio probatório.
Na minha ótica esse movimento já está a fazer história pela adesão de mais de 80% dos trabalhadores em educação e principalmente pela sociedade no apoio e na conscientização que só com a melhoria salarial dos que fazem a educação podemos avançar e ter num futuro próximo o ensino de mais qualidade. A sociedade já está cônscia da realidade da educação brasileira e a solução começa pela valorização dos educadores brasileiros. Infelizmente somente os governos remam contra a maré e chegam ao cúmulo de questionar o valor do Piso Salarial do Professor que é atualmente de R$ 1451,00.
É necessária mais união e a capacidade de brigar pelos nossos direitos. Repito mais uma vez que nada se ganha de mão beijada. Só com a luta e de forma organizada a classe dos trabalhadores em educação tem como melhorar suas condições salariais e de trabalho. Resta-nos a greve que já é um sucesso. Bola pra frente.
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