Foto: SINTERO(Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia) |
A interdição do trânsito nas
obras do Trevo do Roque, em Porto Velho, durante uma hora (das 10 às 11h) nesta
quinta-feira, foi a forma encontrada pelos trabalhadores em educação estaduais
de Rondônia e municipais de Porto Velho, para protestarem contra a postura do
governo do estado e da prefeitura, de não negociarem o atendimento das
reivindicações das categorias.
A manifestação teve o apoio e a participação
de estudantes de escolas públicas, que reclamam da falta de qualidade do ensino
público.
Os trabalhadores em educação da rede municipal
estão em greve há quase 40 dias devido à intransigência do prefeito Mauro
Nazif, que se recusa a utilizar os recursos próprios da educação para negociar
o atendimento das reivindicações da categoria.
Professores, técnicos e demais servidores da
educação do município de Porto Velho estão entre os servidores que recebem os
piores salários devido ao acúmulo de perdas históricas. A revolta da categoria
é porque o prefeito Mauro Nazif, quando candidato, reafirmou diversas vezes que
o município tem recursos para valorizar a educação, e o que faltava era gestão.
O Sintero já mostrou que é possível atender
parte das reivindicações através dos recursos de custeio da educação.
Já os trabalhadores em educação estaduais
estão em greve há 25 dias, em protesto contra a falta de política salarial e a
falta de política para a educação na administração do governador Confúcio
Moura. A categoria não aceita ficar sem a revisão salarial anual garantida pela
Constituição Federal.
O governo do estado se nega a negociar a pauta
de reivindicações alegando que não há recursos, quando, na verdade, é
verificado diariamente através das notícias veiculadas pelos meios de
comunicação, que o dinheiro público está se esvaindo pelos diversos ralos
existentes na Seduc e nos demais setores do governo.
Um exemplo de ralo do dinheiro público e que
revolta os trabalhadores em educação, é o festival de cargos comissionados, com
a contratação de milhares de pessoas sem concurso público com altos salários
através dos CDSs.
Outro ralo denunciado em público são os
contratos com empresas terceirizadas, como as empresas de vigilância, cujo
valor saltou de R$ 17 milhões para R$ 58 milhões no atual governo.
“A interdição do trânsito no
Trevo do Roque significa a revolta dos trabalhadores em educação e da população
em geral, com o descaso da administração pública com os serviços públicos”,
disse Manoel Rodrigues, presidente do Sintero.
“Esses elefantes brancos que
chamam de viadutos são o símbolo do descaso.dos nossos governantes com o povo
de Rondônia. A prefeitura deveria devolver essas obras ao DNIT. Egoverno do
estado não se movimenta um milímetro para prestar serviços públicos de
qualidade. A nossa população está abandonada pelo governo do estado e pela
prefeitura”, desabafou o presidente do Sintero.
Os grevistas da educação manifestaram apoio
aos comerciantes e trabalhadores da região do Trevo do Roque e Rua da Beira,
que da mesma forma, sofrem com o caos do descaso.
A greve dos trabalhadores em educação continua
nesta sexta-feira com concentração dos municipais em frente à prefeitura, e dos
estaduais na Praça do Palácio do Governo. Novas formas de protestos serão
discutidas, a exemplo das manifestações que foram realizadas nesta quinta-feira
no interior do Estado.
Trabalhadores em educação estaduais de vários
municípios se reuniram simultaneamente em Jaru, Ji-Paraná e Vilhena, onde foram
realizados vários protestos.
Na próxima semana novas caravanas de
trabalhadores em educação de todo o Estado deverão desembarcar em Porto Velho,
onde também poderão montar acampamento para cobrar do governo uma resposta à
pauta de reivindicações, condizente com as necessidades da categoria.
Um comentário:
Olá!Boa noite
Arimatéa
Como vai?
como sei que a greve é uma garantia constitucional , e deve ser exercida em sua plenitude, quando exercida dentro da legalidade, e estou lendo que há coerência e boa-fé nas negociações...estou de pleno acordo que tenham que protestar para o atendimento das reivindicações das categorias.Aprendi que quando uma categoria estiver fazendo greve, e não for a sua, não nivelar a condição do trabalhador "por baixo". Aprender a lutar e ser menos alienado. A luta sempre continuará.
Obrigado pelo carinho da visita
Bom domingo
Abração
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