sábado, 15 de junho de 2013

TUPINIQUIM

Imagem: Google Images
Começa hoje a Copa das Confederações e o ponta pé inicial é em Brasília em meio a protestos em vários pontos do país. Torneio que testa a organização e alguns estádios para a Copa do Mundo de Futebol no ano que vem.
Quando se anunciou que o Brasil seria a sede da copa de 2014 o então presidente da República Lula falou que os estádios seriam reformados e/ou construídos com dinheiro da iniciativa privada. Palavras ao vento e o que se vê é o dinheiro público "torrado" aos montes nas chamadas "arenas esportivas". E o pior, tudo sendo feito as pressas por que a copa já está pra começar.
Jornalistas criticam a organização devido aos estádios com muitas deficiências e em meio a tudo isso pipocam no país inteiro uma insatisfação justificada devido a prioridade dos governos que é tão somente para obras e mais obras para a copa em detrimento da educação, saúde, transporte público, segurança.
A grande mídia, claro, é contra e classifica como sempre as manifestações, como as de São Paulo, de baderna. Esse discurso é antigo e esconde o medo da elite quando o povo vai as ruas. E pelo que vimos essa semana quem fez realmente baderna foi a polícia do estado de São Paulo que usou uma força excessiva contra manifestantes, jornalistas e quem estivesse por perto dos locais de protesto.
Acompanho futebol diuturnamente e hoje acredito que a Copa do Mundo no Brasil foi uma decisão do governo infeliz. E aí estádios moderníssimos construídos/reformados com dinheiro público e depois privatizados. Enquanto isso escolas, hospitais, estradas, moradia,... precisando de assistência. Simplesmente classifico como um contra senso toda essa prioridade em mostrar um país de mentira para o mundo. Uma das dez maiores economias do mundo, infelizmente na rabeira dos países quanto a educação.
Ao mesmo tempo que o brasileiro torcerá por sua seleção, em formação, fará protestos e movimentos Brasil a fora contra os gastos excessivos com uma Copa do Mundo, inflação e corrupção. Quem sabe que o "deitado eternamente em berço esplêndido" seja apenas a partir de agora versos do hino nacional e o brasileiro se torne cidadão consciente, crítico e preocupado com os rumos desse país verde e amarelo.

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